
Hoje fui ao aeroporto. Há muito tempo, porém, que não viajo de avião. Força das circunstâncias. Acompanhei a amiga na partida para a Bélgica, onde irá morar no período de Erasmus (sim, desta vez fui). Como sempre, não consegui deixar de... olhar.
Vi jovens com mochilas grandes, prontos para dormir em tendas onde o espírito os leva. Vi outros jovens sem esse aparato, antes uns ténis e um boné fashion para passar uns dias antes da rentrée na rotina social-escolar. Vi um senhor gordo a beber cerveja e a fumar cigarrilha enquanto lia o jornal. Eram oito da manhã. Vi emigrantes, ou imigrantes, de origens e destinos que desconheço, por aquilo a que me pouparam. Vão e vêm, alguns familiares e amigos vão também, outros ficam. Talvez procurem a terra saudosa, ou vão em busca de uma outra oportunidade, ou talvez sigam o rumo que a vida desgastada lhes foi impondo, sem lhes dar tempo de pensarem nela. Vi ricos e pobres que partiriam para lugares tão diferentes neste mundo que piso.
Tive pena. Em nome da amiga que me fez visitar o aeroporto hoje, não utilizarei o vocábulo "inveja", mas a verdade é que queria ser como aquelas pessoas. Partir com agenda vazia, ou não; com planos, ou não; com data para voltar, ou não. Queria simplesmente ir. "Aterrar e sentir o cheiro de um país diferente, e logo tentar comunicar com outra cultura numa língua que não é a minha".
Precisava de consegui-lo.
É das coisas que mais estranho na minha essência. Este desejo tão forte de mudar algo em mim e não conseguir. Erasmus... seria um bom (primeiro) passo. Devia ir. Quero ir. Mas não sei se consigo.
Talvez tenha coragem, um dia. Afinal, "não tem como não ser enriquecedor". Mas por enquanto não. Por enquanto posso ir visitando o aeroporto com fins diversos: acompanhar, esperar, trabalhar, estudar. Com a frequência pode ser que me sinta tentada a ser acompanhada até lá, para partir sozinha e ser esperada um longo período de tempo depois. Nesse dia, teria tanto para contar. O tanto que se acumula dia após dia que vivo neste mesmo espaço.
É este diletantismo que sempre me vence.
Vi jovens com mochilas grandes, prontos para dormir em tendas onde o espírito os leva. Vi outros jovens sem esse aparato, antes uns ténis e um boné fashion para passar uns dias antes da rentrée na rotina social-escolar. Vi um senhor gordo a beber cerveja e a fumar cigarrilha enquanto lia o jornal. Eram oito da manhã. Vi emigrantes, ou imigrantes, de origens e destinos que desconheço, por aquilo a que me pouparam. Vão e vêm, alguns familiares e amigos vão também, outros ficam. Talvez procurem a terra saudosa, ou vão em busca de uma outra oportunidade, ou talvez sigam o rumo que a vida desgastada lhes foi impondo, sem lhes dar tempo de pensarem nela. Vi ricos e pobres que partiriam para lugares tão diferentes neste mundo que piso.
Tive pena. Em nome da amiga que me fez visitar o aeroporto hoje, não utilizarei o vocábulo "inveja", mas a verdade é que queria ser como aquelas pessoas. Partir com agenda vazia, ou não; com planos, ou não; com data para voltar, ou não. Queria simplesmente ir. "Aterrar e sentir o cheiro de um país diferente, e logo tentar comunicar com outra cultura numa língua que não é a minha".
Precisava de consegui-lo.
É das coisas que mais estranho na minha essência. Este desejo tão forte de mudar algo em mim e não conseguir. Erasmus... seria um bom (primeiro) passo. Devia ir. Quero ir. Mas não sei se consigo.
Talvez tenha coragem, um dia. Afinal, "não tem como não ser enriquecedor". Mas por enquanto não. Por enquanto posso ir visitando o aeroporto com fins diversos: acompanhar, esperar, trabalhar, estudar. Com a frequência pode ser que me sinta tentada a ser acompanhada até lá, para partir sozinha e ser esperada um longo período de tempo depois. Nesse dia, teria tanto para contar. O tanto que se acumula dia após dia que vivo neste mesmo espaço.
É este diletantismo que sempre me vence.
2 comentários:
:]
Amiga, tu ja es perfeita assim, como es..
De qulquer forma has de conseguer ser tudo aquilo que queres ser, eu sei disso.
Gosto muito de ti, um jinho cheio de saudade.
Pois é...
Não tenhas "inveja" (no bom sentido)!!
Em breve talvez de surpreendas a ti própria...you know...
E se isso não acontecer, outras experiências surgirão, não te preocupes e não queiras mudar!
Beijinhos gandes
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