As rotinas de outros mundos, como uma tarde de feriado no parque. Oiço árabe, francês, inglês. Também ponho a pele à mostra a cada raio de sol que surge.
Por minha conta. Perigosamente me habituei a passar tempo comigo mesma e a baralhar ideias sobre o que me rodeia.
O Berlaymont fez parte da minha rotina durante estes 5 meses que, de tão rápido que passam, parecem já ter acabado. Tanta gente, tantas línguas, tantas folhas de informação, tantos programas diferentes. É tão simples fazer amigos aqui. E tão genuíno.
Dizia eu no início que Bruxelas tem vidas que inspiram. O meu sangue outrora caseiro tem tanta, tanta sede de conhecer mais agora. E nunca o paradoxo foi tão grande. Quero voltar a conhecer cidades desde o início, começar vidas novas em sítios novos. Quero infiltrar-me na rotina de Dublin, quero passear na Escandinávia, explorar o Canadá, deixar-me convencer pela Austrália e quero cumprir o meu sonho em Nova Iorque.
Onde está o paradoxo?
Quero ir para Casa.