O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apontou hoje em Bruxelas o «Programa Erasmus» como «um símbolo do que a Europa faz de melhor», no arranque das celebrações do 20º aniversário deste programa educativo.
Numa conferência de imprensa em Bruxelas que assinalou o «pontapé de saída» das celebrações - que terão o seu momento alto durante a presidência portuguesa da União Europeia, no segundo semestre de 2007 -, José Manuel Durão Barroso afirmou que o «Erasmus não é um programa qualquer», mas sim «um sucesso europeu único».
Adoptado em Junho de 1987, o Erasmus contou nesse primeiro ano com a pa rticipação de 3.244 estudantes, número que em 2005 se elevou a 144.032 estudantes (3.845 dos quais portugueses), aproximadamente 1% da população estudantil europeia.
Desde 1987, o programa beneficiou com bolsas mais de 1,5 milhões de estudantes, esperando a Comissão Europeia que até 2012 o número atinja os 3 milhões de estudantes.
«Pode-se falar de uma »geração Erasmus«», comentou Barroso, que recordou a propósito o filme «L'Auberge Espagnol» (A Residência Espanhola, 2003), do realizador Cédric Klapisch, que retrata a experiência de um jovem estudante parisiense que vai estudar para Barcelona, e que tornou popular este programa de intercâmbio estudantil «nos quatro cantos do Mundo».
Na conferência de imprensa participou também o comissário europeu com a pasta da Educação, Jan Figel, que indicou que o 20º aniversário do Programa Erasmus - que se assinala em Junho de 2007 - será celebrado particularmente em Setembro e Outubro, durante a presidência portuguesa da UE, com uma série de eventos em Lisboa.
Tanto Barroso como Figel sublinharam a importância do papel do Programa Erasmus como motor de modernização dos sistemas europeus de ensino superior, na promoção da mobilidade dos estudantes e professores, e a nível do acesso ao mercado de trabalho.
Além de estudantes, o Programa Erasmus beneficia também professores universitários, tendo em 2005 participado no programa 20.877 docentes.
Entre os «top-20» das instituições de ensino na União Europeia que mais acolhem e de onde partem estudantes e docentes no âmbito do programa, surge a Universidade de Coimbra como a oitava que mais recebe professores de outros países, tendo em 2004/2005 acolhido 101 docentes estrangeiros.