Nos mesmos dias em que chove essa alegria de poder desfrutar de um Inverno onde ele pertence, com os capuccinos em copos descartáveis que levamos para aquecer a curta espera do tram, nesses mesmos dias corta-me o vento com saudade: das várias camisolas vestidas dentro de casa, pantufas bem quentes, cheiro a lenha queimada na lareira... alentejana.
Saudade que se esquece - ou que se adia;
patins nos pés a deslizar sobre uma pista de gelo, "algures na Europa central". Dêem-me a mão, façam-me rir, gritar, estatelar-me no chão, com pequenos flocos a saltar do pavimento para o gorro e a ponta do nariz. Tirar fotografias para revê-las em filmes românticos de Natal. Quero esticar a mão para ser levantada e abraçada. Sentir os músculos da cara bloqueados pelo frio, um beijinho na ponta do nariz para recuperar a sensibilidade.
Quero patinar em frente à árvore de Natal de Rockefeller ou no Central Park, da minha cidade.
Um frio que gela, quando tão bem poderia aquecer.
2 comentários:
O Inverno, rigoroso, frio, não tarda e traz-te com ele para aqui. Aqui também está fresco...neva(ah pois é!) e há muitos braços quentinhos à tua espera.:)
beijinhos
Porque é que, quando escreves, parece que vivo um bocadinho daquilo que vives? Fabuloso...
Tenho saudades tuas! =)
Bjos*
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